DSC_3474-imp não me recordo como foi para mim mas imagino que para um bebé o parto possa ser visto como um processo de morte. termina a sua vida intra-uterina e começa a aventura de respirar pelos seus próprios pulmões. para a mãe, também imagino que o parto seja um processo de morte: termina a fase em que gerou no seu ventre um ser para corajosamente dá-lo à luz. parece-me ser uma enorme expressão de Amor: darmos alguém à luz. talvez esta relação entre morte e nascimento vos pareça disparatada. para mim são inevitáveis: a relação que temos com estas dinâmicas revelam-se como oportunidades de expressão de um Amor inteiro. e se cada dia morremos e nascemos mil vezes, temos sempre a oportunidade de nos voltarmos a dar à luz, de sermos luminosos, de inspirar-mos os outros a o serem também. inspira-me a coragem desta super mãe, que estará prestes a abraçar pela primeira vez a pequena A. parabéns querida C, bem hajas pela luz que te permites irradiar.

Clearly all fear has an element of resistance and a leaning away from the moment. Its dynamic is not unlike that of strong desire except that fear leans backward into the last safe moment while desire leans forward toward the next possibility of satisfaction. Each lacks presence. Each is a form of attachment.... We say it is death that causes all this fear, but it's really caused by our attachment to past fears. Especially in times of stress, we need to follow well-worn paths and patterns. Our unwillingness to enter each moment fully, without judgment or the need to control it, simply produces more fear and resistance to that fear. * stephen levine

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Todo o medo tem um elemento de resistência e uma tendência para nos afastar do presente. A dinâmica não é diferente da que ocorre quando surge um forte anseio: no caso do medo há uma inclinação para o passado, para um anterior momento de segurança, enquanto no anseio a inclinação dirige-se para o próximo momento de possível satisfação. Uma falta de presença, uma forma de apego. Não é a morte em si que traz medo e sim o apego aos nossos medos do passado. Especialmente em momentos de stress, sentimos necessidade de recorrer a padrões já conhecidos. A nossa resistência a entrar em cada momento em inteireza, sem julgamentos ou necessidade de controlo produz mais medo e resistência. * stephen levine