Lembro me de ser uma altura atribulada da minha vida...até achei que não iria conseguir me sentir bonita... Quando vi as fotos dei conta que ela nos atravessa o corpo físico para a nossa alma.

caminho de transparência & verdade, no fundo, tratou-se sobretudo duma experiência de mim para comigo próprio, fixado no olhar atrás duma lente.

Uma terapia para nos celebrarmos a nós próprios, o deleite que é estarmos aqui e agora com os nossos corpos em beleza absoluta..

O desejo de ser fotografada nua, já era antigo. Acho que é uma bonita forma de honrarmos e apreciarmos aquele que nos transporta e possibilita de viver variadissímas experiências todos os dias. O corpo.

Quando se fala da mulher selvagem, não é necessariamente de uma mulher que corre nua e desgrenhada por bosques e clareiras...

“I learned about the sacred art of self decoration with the monarch butterflies perched atop my head, lightning bugs as my night jewelry, and emerald-green frogs as bracelets.”

Quando se conhece alguém assume-se que se conhece, até que nos despimos… mesmo quando já nos despimos antes, quando nos despimos, de tudo.

''Oh Woman, come before us, before our eyes longing for beauty, and tired of the ugliness of civilization, come in simple tunics, letting us see the line and harmony of the body beneath, and dance for us. Dance us the sweetness of life. Give us again the sweetness and the beauty of the true dance, give us again the joy of seeing the simple unconscious pure body of a woman. Like a great call it has come, and women must hear it and answer it.” Isadora Duncan

Então que se lixe a “estética” comparativa. O corpo é belo porque é sensível, caloroso, dá prazer a nós e aos outros, pelo sexo, pelo abraço, pelo aconchego.

Esta sessão de fotos foi uma comunhão, uma entrega a ti/objetiva, à Natureza, (foi ótimo ter sido na Natureza) e ao olhar que pouso sobre o meu corpo.

“Who am I, apart from my history and the roles I have played?”

" If you are not willing to see more than is visible, you won’t see anything."

Descubro que ele – o Corpo – é uma identidade própria, sendo cada postura, cada gesto, cada expressão um traço dessa identidade: eterna e mutante, simples e complexa ao mesmo tempo.

"Tudo se move dentro de nós, de maneira sutil, como danças só visíveis na eternidade."

“Every moment of your life is either a test or a celebration”

onde tudo toma um volume natural, cheio, pleno, completo em si próprio.